30 de outubro de 2014
Quando você passa a catraca da Montezum e se depara com uma série de portões de fileiras pra escolher, fica sempre aquela dúvida: Onde devo me sentar?
Na postagem de hoje o Hopi Hari Mania vai explicar as diferenças das fileiras e te ajudar a escolher os melhores lugares.
Para começar, quem não sabe (ou ainda não andou), uma montanha-russa à primeira vista é parecida com um trem de passageiros: ela consiste em uma série de vagões conectados que se movem sobre os trilhos. Mas ao contrário de um trem de passageiro, ela não possui motor ou fonte de energia própria, e todo seu movimento é causado pela força de inércia e da gravidade, forças essas que são acumuladas após a primeira colina, chamada de colina de elevação (ou lift). O lift se trata de uma subida por um sistema de corrente que engatado ao trem, o leva até o ponto mais alto do percurso, para então soltá-lo livremente ao restante do percurso. É pura física! (E adrenalina, claro...)
Na primeira queda da Montezum o trem pega o seu primeiro e maior ponto de aceleração, que em conjunto com o movimento de subida e descida do trem, produz uma estranha sensação em seu corpo, já que você é constantemente levado em direções diferentes. Essa sensação se parece com o empuxo da gravidade e essas duas forças (gravidade e aceleração) se combinam de modos interessantes. Quando a força causada pela aceleração e pela gravidade estão em direções opostas, elas se anulam em um certo grau fazendo você se sentir muito leve (conhecido como artime). Porém quando ambas estão na mesma direção, você se sente muito pesado - fenônemo esse conhecido como "aumento de força G". A mudança repentina dessas duas condições torna o passeio espetacular!
Mas qual a diferença entre uma fileira e outra? Bom, todas as fileiras, por mais que estejam em carros diferentes (a Montezum possui 12 fileiras através 4 carros conectados por trem), viajam através do mesmo percurso, assim a gravidade os acelera e desacelera aproximadamente nos mesmos pontos. Mas além de sofrerem a força da gravidade, cada carro é também puxado pelos carros conectados a ele. É essa força adicional que torna a experiência um pouco diferente para os ocupantes de cada carro.
Para entender, imagine o primeiro carro do trem alcançando o topo da colina: Assim que ele chega ao ponto mais alto, a gravidade começa a puxá-lo para a descida a frente. Porém enquanto o primeiro carro já está posicionado para descer, o último ainda está posicionado para subir (chegando ao topo da colina). Quando a maioria dos carros ja está em posição de queda, o primeiro puxa o segundo, que puxa o terceiro, e assim por diante. No tempo em que o último carro se move sobre o topo, a gravidade já acelerou bastante o primeiro. Consequentemente o carro de trás tem uma aceleração maior no topo da colina do que a do primeiro carro. Esse acréscimo de força chicoteia o carro através do pico, jogando brevemente os ocupantes para cima (airtime).
A melhor fileira do trem da Montezum acaba sendo uma questão de gosto pessoal, onde cada um se identifica com um melhor lugar. Se você curte a sensação de perca de peso (airtime), fique nos últimos. Se você quer ter uma visão do percurso, escolha o primeiro. Além de ver com detalhes para onde o trem está te levando, esses primeiros carros são os primeiros a se "chocar" com as curvas, portanto, são os que passam com mais intensidade por elas. Os carros do meio proporcionam uma volta menos acentuada e bruta, porém são os que mais sofrem com as forças gravitacionais (força g), que dão sensação de peso ao corpo e te deixa bem "colado" ao assento.
Curiosidade: na penúltima curva da Montezum onde o trem faz um movimento de 360º, a força acumulada média é de 3 G - ou seja, cada ocupante chega a pesar até 3x mais o seu peso normal.
Não há lugar ruim na Montezum. Mas se você tiver vontade de experimentar sensações diferentes em cada volta, recomendamos sempre alternar entre frente, meio e atrás!
E você? Qual seu lugar favorito na Montezum?
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