28 de novembro de 2011



Prestes a inaugurar novas atrações, o Hopi Hari se posiciona como o maior centro de entretenimento da América Latina. Entre as principais novidades está a parceria com a Warner Bros e a inauguração de uma nova montanha-russa, em abril de 2012. Nesta entrevista, a gerente geral de marketing do parque, Ana Cristina Tuna, fala do acordo de licenciamento que concede ao parque o direito de explorar personagens como Looney Tunes, Liga da Justiça e Penélope Charmosa. 

O Hopi Hari está passando por um momento de transformação. Quais as principais novidades? 
A indústria de parques temáticos no Brasil é bastante nova, ainda está engatinhando, mas tem muito para crescer. O que podemos dizer é que o Hopi Hari tem grandes expectativas para este segmento e muitas novidades. Até meados do ano que vem, vamos passar de 58 para 65 atrações. Nossa meta é antecipar tendências e dar o pontapé inicial na revolução que deve acontecer no mercado de entretenimento.

Que fatores indicam essa revolução no segmento? 
Principalmente, o aumento do poder de consumo da classe média. Hoje, isso já é uma realidade. As pessoas já separam dinheiro para se divertir e, daqui pra frente, o que vai acontecer é que o brasileiro vai passar a consumir muito agressivamente o lazer estruturado e organizado. As pessoas vão ter cada vez mais forte o hábito de sair com a família de maneira programada. Por isso, acreditatamos no crescimento desta indústria, com um número cada vez maior de opções.

O que o parque tem como diferencial? 
Entregamos para a família uma fantasia. Em 760 mil metros quadrados, o parque proporciona um dia de magia junto com a família, bem organizado, com infraestrutura adequada para a necessidade do público.

Hoje, qual o hábito de consumo dos parques temáticos no Brasil? 
Temos muito para crescer no que se refere a hábito de consumo. Para se ter uma ideia, o estrangeiro que mais frequenta o Hopi Hari é o americano, o que reflete justamente um hábito de consumo que os Estados Unidos têm de forma latente e consolidado e que, aqui no Brasil, ainda é muito novo. Hoje, a população daquele país é de 308 milhões de habitantes e eles têm uma visitação a parques que gira em torno de 320 milhões. Quais são os números no Brasil? Hoje, nossa população é de 191 milhões e apenas 28,2 milhões visitam parques anualmente, um número extremamente baixo, que demonstra o espaço que essa indústria tem para crescer.

Essa diferença se deve basicamente à baixa renda dos brasileiros? 
À renda também, mas é, principalmente, cultural. Mas agora o brasileiro está despertando para essa modalidade de diversão. Há cinco anos, as pessoas só gastavam com lazer se sobrasse dinheiro, agora, isso vem mudando significativamente. Sair com a família passou a ser uma necessidade e reflete o surgimento de um novo comportamento, que tem que ser explorado. E em quanto tempo o mercado já deve perceber essa mudança de hábito brasileiro? Trabalhamos com uma expectativa de 10 anos.

Quais são as principais novidades do parque? 
Um dos movimentos mais importantes é a parceria entre Hopi Hari e a Warner Bros. Na verdade, é um acordo de licenciamento que concede ao parque o direito de contar com atrações como Looney Tunes, Liga da Justiça e Penélope Charmosa. É importante ressaltar que não teremos espaços adaptados e improvisados, tudo será grandioso e oferecerá uma super experiência dentro de um set de filmagens. Todos os detalhes estão sendo muito bem trabalhados. Teremos, por exemplo, uma área de pintura; apesar de ser voltada para crianças de até 12 anos, todos vão poder brincar dentro de uma lata de tinta. Para área teen, teremos o Palácio da Liga da Justiça e cada atração será um duelo entre heróis e vilões.

Os personagens estarão presentes pelo parque? 
Com certeza, esse encontro entre o público e os personagens é super comum nos Estados Unidos e muito esperado pelos frequentadores. O parque terá isso muito forte, diferente do que acontecia antes, com a parceria que tinhámos com a Vila Sésamo, que apesar de ter uma proposta educativa muito consistente, atingia uma parcela muito pequena dos convidados e não demandava essa iniciativa. Hoje, com essa parceria, conseguimos abrir um leque de opções e agradar várias faixas etárias, que querem ver o personagem de perto. Vale lembrar que os desenhos da Warner passam com muita força em canal aberto e fechado, o que fortalece ainda mais a presença deles no parque.

O que prevê esta parceria? 
Entre outros benefícios, a parceria prevê a exploração de ambientes temáticos, produtos e mercadorias totalmente inspirados nesses personagens. O projeto, que deve estar totalmente concluído em 2012, prevê a ambientação de duas das cinco áreas temáticas do Hopi Hari, além de trazer atrações inéditas com tecnologia de ponta, bem como lojas e restaurantes temáticos. Quando as atrações serão inauguradas? O Looney Tunes em dezembro e a Liga da Justiça em janeiro.

O parque também vai inaugurar uma nova montanha-russa. Quando será isso e qual o diferencial das demais? 
Vai ser inaugurada em abril do ano que vem e será a mais espetacular montanha-russa do Brasil. A atração será fabricada pela Intamin e terá 10 inversões, ficará em Wild West e terá velocidade máxima de 85km/h. Ela será também a montanha-russa de aço mais extensa de toda a América do Sul. As peças para a montagem começam a chegar ainda este ano.

Haverá campanha para divulgação? 
A primeira ação que vamos fazer é para a escolha do nome da atração. Vamos contar com algumas opções e colocar para a votação em redes sociais. A iniciativa deve começar em 30 dias. E para a divulgação dos personagens da Warner, vai ter campanha de divulgação? Teremos sim. A criação é da Y&R, mas ainda não temos nada definido. O que sabemos é que a missão da agência é traduzir para o consumidor o que é absolutamente relevante para ele, se permitir um dia de lazer com família e amigos.

Qual o investimento nestas iniciativas? 
O Hopi Hari está investindo mais de R$ 100 milhões, o que inclui novas atrações, divulgação, promoção, e suporte de vendas. Quanto a empresa faturou ano passado? R$ 104 milhões. Nos 11 anos de funcionamento do parque, foram mais de 20 milhões de visitantes.

Qual é a média diária de público? 
Varia muito. Claro que nas férias e feriados atingimos quase a totalidade da capacidade, que são 28 mil pessoas Também temos eventos durante o ano, como a Hora do Horror, que tem grande capacidade de atrair visitação.

O parque também tem outros eventos temáticos. Quais são eles? 
Temos cinco temporadas ao longo do ano: Férias de Verão, Hopi Night, Férias de Inverno, a Hora do Horror e Hopi Niver, período em que o parque faz aniversário.

Outra novidade do parque é o lançamento de uma plataforma de mídia. Como isso vai funcionar? 
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a mídia que vemos no mercado tem algumas verdades universais. Uma delas é que, apesar da convergência entre elas, as pessoas têm cada vez menos tempo de prestar atenção ao que está sendo dito. A outra é que toda vez que a informação vem atrelada a uma emoção, a chance de sucesso daquela mensagem é muito maior. Por isso, acreditamos que o momento de uso do parque é o ideal para as empresas se comunicarem com seu público.

De que forma isso pode ser feito? 
Explorando espaços e brinquedos e mostrando os atributos da marca em um momento extremamante propício. A Torre, um dos nossos principais brinquedos, por exemplo, é o único outdoor que vem com emoção. No exterior, isso já foi descoberto. Nos maiores parques no mundo temos muito forte o branding entertainment, a tal ponto que as pessoas compram lembranças da marca, que se apropria do próprio entretenimento. E é exatamente isso que o Hopi Hari está propondo, queremos trazer novas empresas para serem nossos parceiros. Mas o parque já conta com anunciantes? Sim, contamos. No momento, temos a Nestlé Sorvetes, que fechou com o parque uma ação com uma montanha-russa no escuro e se apropriou da atração. A Garoto também está presente em um dos brinquedos.

A proposta tem sido bem aceita pelo mercado? 
Sim. A principal vantagem é a possibilidade de oferecer uma experiência diferenciada para o consumidor. O objetivo é sair do ambiente comum de TV e rádio, e falar com o consumidor durante as oito horas que ele passa em média no Hopi Hari. O parque faz parte da lembrança que todo mundo quer ter e registrar, por isso, é importante que a empresa saiba aproveitar este momento.

O Hopi Hari é líder do segmento? 
Qual o principal concorrente? Hoje o Hopi Hari é o maior centro de entretenimento não só do Brasil, mas da América Latina. Nos posicionamos desta forma para o mercado e, hoje, nosso principal concorrente é o próprio ócio. Quantas vezes as pessoas ficam sem fazer nada. Para gente, tudo que rouba o lazer é concorrente.

Qual o target do parque? 
77% classe A/B. Hoje, 20% da população do Hopi Hari é de fora do estado de São Paulo.

Fonte: Popmarck

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